A importância de ouvir os dois lados
Uma das primeiras frases que ouvi no início da faculdade de Direito foi que “deve-se ouvir os dois lados da história”. A premissa é carregada de imparcialidade. Na prática, quando se trata de casos de violência que envolveram a sociedade, ou mesmo de constrangimentos, humilhações e preconceitos, perceberemos que em poucos episódios se escutou os dois lados.
Nos últimos dias, em Pau dos Ferros, não se comenta outra coisa a não ser a suposta "humilhação" do empresário, Anizio, a uma senhora e seu filho que é especial. De acordo com a mesma, ela e seu filho foram convidados a comer atrás do restaurante, em seguida teriam sido colocados para fora do estabelecimento. O fato tem repercutido e muito nas redes sociais, e há testemunhas de todos os lados. Notoriamente, uma maioria de pessoas se solidarizam com a mãe, alguns comentários tem orientado a mesma a ajuizar uma ação em desfavor do empresário.
Quem me conhece sabe que gosto de ouvir os dois lados para tirar conclusões e dar razão para quem realmente a tem.
Todo mundo quer justiça, quer liberdade de expressão, mas costumam "condenar" ou "absolver" sem ter antes uma visão mais ampla do caso, sem conhecer o outro lado da moeda.
Art. 5º, inciso LV: "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;"
Não quero dizer que A ou B está certo ou errado, mas prezo pelo princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa. Se alguém se sentir prejudicado, que procure a Justiça, oras! Cabe, porém, a outra parte se defender.
Sem querer ser Mãe Dináh, mas essa história ainda vai render, e muito...
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